A CSP CONLUTAS entende que os ataques do governo Roseana Sarney (PMDB/PT) contra os trabalhadores em educação é conseqüência do desespero de uma oligarquia que tenta recompor suas bases políticas saqueando os cofres públicos e desrespeitando direitos garantidos. Neste sentido, apresentamos abaixo dez motivos para que o movimento grevista continue até que o governo atenda ponto a ponto a nossa pauta de reivindicação.
1) O Maranhão continua ocupando as últimas posições em qualidade de educação pública. No entanto, apesar de ser o penúltimo em investimentos per – capita segundo o “Estudo Comparativo das Despesas Públicas dos Estados Brasileiros” o resultado obtido é superior ao esperado, isso implica dizer que os educadores estão fazendo a sua parte, falta o governo fazer a sua.
2) Regularizar o calendário escolar. Esse objetivo só será alcançado mediante a aprovação e implantação do Estatuto do educador. Sem essa prerrogativa será impossível evitar novas greves ou paralisações, o que mostra que a “preocupação” do governo com a regularização do calendário escolar é uma grande falácia. Em 2010 não houve greve, então quem desorganizou o calendário? Ora, foi esse governo irresponsável que atrasou o início das aulas em quase dois meses simplesmente para favorecer a candidatura do então Secretário de Educação e hoje deputado estadual César Pires. Por outro lado, Roseana Sarney se nega a efetivar os professores concursados impossibilitando muitas escolas de iniciar o ano letivo.
3) Ministrar aulas no atual contexto de ataques do governo contra a categoria em nada contribuirá para melhorar a qualidade da educação pública, pelo contrário, apenas legitima as mentiras de Roseana Sarney e Olga Simão.
4) Decretar o fim da greve sem nenhuma conquista e sem uma única reunião entre o governo e o sindicato é um grave erro político que implicará na total desmoralização da categoria.
5) É igualmente incorreto abandonar um movimento que o próprio governo reconhece que conseguiu atingir mais de 70% das escolas.
6) Se o governo negociou com a polícia civil, por que não negociar com os professores? É obvio que o governo (PMDB/PT) sabe que somos a categoria mais numerosa do estado e a educação pública possui o maior orçamento. Em outras palavras, o governo quer fazer caixa 2 com a verba destinada a educação. Nenhum governo tem o direito de fazer acepção de categorias.
7) Apesar do apoio incondicional de Dilma, o governo Roseana Sarney está mais do que desmoralizado. Os casos de corrupção na FAPEMA e no INCRA, o caos instalado na saúde, na segurança pública e no aeroporto do Tirirical são provas cabais disso. É o governo quem está na defensiva, sair da greve nessas condições é outro erro gravíssimo.
8) Devemos manter a greve também para preservar o direito de greve que tem sido permanentemente atacado em nosso estado. Mais do que confiar no STF a categoria deve confiar em suas próprias forças e nas suas mobilizações como instrumentos de garantir conquistas.
9) Ainda ontem a presidente Dilma Rousseff anunciou aumento de impostos. Isso quer dizer que nossos salários perderão mais ainda o poder de compra.
10) A greve deve ser mantida e redimensionada. O diálogo com a sociedade, especialmente com os alunos e os pais de alunos devem ser intensificados, bem como a construção imediata do comando de base e as comissões de negociações. Contra um governo autoritário o melhor remédio é a construção de um movimento em que a democracia prevaleça em todas as suas instâncias.
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