quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Educadores e estudantes mostram as suas direções como se faz a luta!

Vovó Anita

               Há muito tempo temos afirmado, as derrotas da classe trabalhadora e da juventude é, na maioria das vezes, resultado da falta de independência de suas direções em relação aos governos e patrões. Vejamos alguns breves acontecimentos que comprovam essa afirmação. No município o SINDEDUCAÇÃO tem levado a categoria a reiteradas derrotas seja nas traições descaradas, como aconteceu com o término da greve de 2010  ou nas pífias mobilizações desse ano ocorridas próximo das férias . 
          O autoritário prefeito João Castelo tem a direção sindical que qualquer governo gostaria de ter nas mãos. Esse ano o reajuste da categoria, 7%, foi inferior ao de 2010, apesar do crescimento da arrecadação tributária, dos recursos do FUNDEB e da defasagem salarial da categoria acumulada nos últimos três anos em aproximadamente 40%. Os funcionários das escolas estão a mais de quatro meses sem receber salários e a direção do SINDEDUCAÇÃO não move uma única palha. Na rede estadual nem se fala, a categoria já não agüenta mais tanta traição do PC do B/ CTB que além de nos impor seguidas derrotas, ainda faz acordos com o governo que só penalizam a categoria.  A CNTE, por sua vez, se nega a unificar os educadores brasileiros para uma greve nacional da categoria em defesa da aplicação da Lei do Piso. As greves aconteceram em quase todo a país e a CNTE fez “ouvido de mercador” ao clamor dos educadores brasileiros. Já a UNE, UBES e a UMES, entidades estudantis governistas, preferem fazer festas e promover congressos milionários do que organizar a luta da juventude.  No último congresso da UNE, por exemplo, o governo federal “derramou um “cala boca” de 5 milhões de reais.
                Porém, apesar desse quadro de horror, as lutas têm acontecido por fora dessas entidades. Em São Luís estudantes e professores têm protagonizado grandes manifestações exigindo melhorias das condições infra-estruturais e pedagógicas de suas escolas. Em apenas uma semana o CEM Cintra, o Coelho Neto, ambas da rede estadual, e a escola da rede municipal, Vovô Anita, paralisaram suas aulas e ganharam as ruas para denunciar o descaso dos governos com a educação pública. 
Escola Estadual de Ens. Médio  Coelho Neto
Nós da CSP Conlutas e da ANEL (Assembléia Nacional dos Estudantes Livres) e MRP, que estivemos em algumas dessas manifestações, acreditamos que esse é o caminho que devemos trilhar, fortalecendo a unidade entre professor e estudante.  Quanto a essas direções governistas, se não serve, MUDA!



quarta-feira, 13 de julho de 2011

Depoimento de uma aluna de escola pública no Maranhão

Amanda Gurgel divulgou em seu Blog que recebeu " um importante vídeo com o depoimento da estudante Ariany Galeno, de 11 anos, lá da cidade de Imperatriz, no Maranhão. Ariany cursa o 7º ano numa escola pública do município e, junto com seu pai, resolveu gravar o vídeo para denunciar as condições precárias da educação e somar forças na luta pelos 10% do PIB Já. 

Seminário de Educação nega PNE de Dilma e prepara categoria para jornada de Lutas.

       
 Cercado de muita expectativa  o I Seminário de Estadual de Educação da CSP Conlutas  Maranhão foi uma vitória de classe da nossa central e dos (as) educadores (as) de luta. Vitoriosa, acima, de tudo por ter sido um Seminário construído e conduzido por intelectuais militantes. 
Na noite do dia 08/07 (sexta-feira) centenas de pessoas lotaram o auditório do Sindicato dos bancários para participar da abertura do Seminário que contou com a presença da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte, fazendo o lançamento da Campanha 10% do PIB Já para a Educação!.Na abertura do Seminario foi exibido o vídeo de comemoração de 1 ano da CSP Conlutas. Diversas entidades do movimento de educação, partidos políticos de esquerda compuseram a mesa para saudar o seminário.

     Bastante identificada com os relatos da professora Amanda Gurgel sobre a  labuta cotidiana de ser educador, a platéia se manteve atenta e empolgada. Assim, o lançamento da campanha foi um sucesso, visto que a categoria abraçou a proposta da Campanha 10% do PIB JÁ para Educação e interviu fazendo duras críticas ao PNE (Plano Nacional de Educação) privatizante do governo Dilma.

      No sábado (09/08) foi realizado o seminário dividido em dois momentos. Pela manhã o debate teve como eixo os impactos do PNE 2001-2010 no ensino superior. A mesa composta por representantes da APRUMA, o professor Vilemar; SINASEFE Campus Monte Castelo, Claudicéa Durans professora do IFMA e  pelo estudante da UFMA e membro da CEE da ANEL, Nelson Júnior.

     Na parte da tarde o debate focalizou a educação básica e tecnológica. A mesa foi composta por Antonísio Furtado, professor da rede pública municipal e estadual e representante do MRP (Movimento de Resistência dos Professores), Hertz Dias, professor da rede pública municipal e estadual e militante da Setorial de Educação da CSP Conlutas-MA e Jean Carlos, professor do IFMA campus Maracanã e diretor do SINASEFE.

     As exposições dos palestrantes e as intervenções da platéia,  apontavam para a necessidade de negar o PNE de Dilma, considerado como uma versão piorada do PNE de FHC e Lula (2001-2010) e do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) de Lula a medida que intensifica o já recorrente processo de mercantilização da educação, precariza o trabalho docente, robustece as avaliações autoritárias via IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e mantém como meta para 2020 o pífio investimento de 7% do PIB.  Entre os presentes foi unanime a defesa dos 10% do PIB para a educação pública JÁ.

       Todos os debates foram de altíssimo nível. Ao final o plenário aprovou o manifesto nacional da CONLUTAS contra o PNE de Dilma e pela construção da jornada de lutas para o próximo semestre, especialmente a marcha do dia 24 de agosto para Brasília e o plebiscito unitário sobre PNE de Dilma. Na oportunidade também foi lida e aprovada uma moção exigindo a exoneração do professor do curso de Engenharia da Química da UFMA, Jorge Clóvis Verde Saraiva, que ofendeu com palavras e escritos racistas o aluno nigeriano Nuhu Ayuba.Segue a nota:

Nota de Repúdio

Os participantes do I Seminario de Educação da CSP Conlutas Maranhão, realizado nos dias 08 e 09 de julho de 2011, repudiam o caso de racismo manifestado no curso de Engenharia Química praticado pelo professor Cloves Saraiva da disciplina calculo vetorial, ao estudante nigeriano Nuhu Ayuba.
O episodio foi denunciado pelos estudantes do mesmo curso, através de Petição Pública, na qual relata textualmente a situação de humilhação, preconceito, discriminação e propõe apuração dos fatos.
Diante desse fato, manifestamo-nos contra todas as práticas racistas e exigimos imediata punição do agressor, para que atitudes como estas tão recorrentes, não sejam consideradas como naturais, violando os direitos humanos.

São Luís, 09 de Julho de 2011

          A CSP Conlutas Maranhão agradece a todos os professores, estudantes, trabalhadores de maneira geral e as organizações que construíram e participaram desse importante evento.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

DIREÇÃO DO SINPROESEMMA: NO LIMITE DA IRRESPONSABILIDADE



          Só trair a greve não bastou. Agora o PC do B/ CTB assumem a tarefa de dizer amém a todos os ataques do governo Roseana (PMDB/PT) contra os educadores do Maranhão no pós-greve. Se em nota do dia 22 de junho diziam textualmente “o sindicato defende o direito de férias integrais em julho aos trabalhadores da educação, contrapondo-se à posição do governo de incluir o mês de julho no calendário, com aulas normais, a fim de cumprir o prazo determinado pela Seduc de encerrar o ano letivo no dia 23 de dezembro” agora, tomados pelo efeito camaleônico, assumem outro nefasto compromisso com o governo que vai contra os interesses da categoria. Em nota do dia 06 de Julho afirmam que “(...) o sindicato flexibilizou na defesa de férias integrais em julho e propôs pelo menos os 15 dias de férias, previstos no termo de compromisso”.  O efeito danoso dessa postura para a categoria foi que o governo e os (as) diretores (as) das escolas se sentiram fortalecidos e amparados para arrancar 15 dias de férias referente ao ano letivo de 2010 que, portanto, nada tem haver com a greve de 2011.  Tudo isso depois de 78 dias de uma cansativa e desgastante greve. Nesse cenário o PC do B, infelizmente, assume o papel de capitão do mato do governo. Faz com o educador o mesmo que o Deputado Federal e Relator do novo Código Ambiental, deputado federal Aldo Rabelo (PC do B), fez com o meio ambiente e os trabalhadores do campo. Bastou o Código Florestal ruralista ser aprovado para desencadear uma onda de ameaça e derramamento de sangue de ambientalistas, camponeses e quilombolas.
          Como vemos, o resumo dessa ópera sinistra, orquestra pelo PC do B/ CTB, para os educadores do Maranhão é: ausência de reajuste salarial desde janeiro de 2009, a não aprovação do Estatuto do Educador, a não sinalização de aplicação da lei do piso, nenhuma pressão para garantir 1/3 de hora atividade (extra-classe) para os professores; e uma série de compromissos que esse governo simplesmente considerará como “arquivo morto”. Nem mesmo dia uma assembléia foi convocada para consultar a categoria sobre essas imposições.
       A CSP CONLUTAS-MA repudia essas práticas da direção do SINPROESEMMA  contra a categoria e a política criminosa do governo de Roseana Sarney. O fortalecimento da Oposição é a única saída para preservar direitos e obter conquistas.

CSP CONLUTAS MARANHÃO

segunda-feira, 4 de julho de 2011

CSP Conlutas defende paralisação de servidores municipais para o dia 13/07

Não estamos aqui para fazer doutorado em assembléia”, assim expressou um dos militantes do CSP CONLUTAS em mais uma assembléia dos servidores públicos municipais realizada hoje (04/07) no auditório do sindicato dos bancários. As falas da maioria dos dirigentes sindicais presentes era de culpar as suas próprias bases pelas fracas mobilizações que tem ocorrido.
Na contramão desses discursos nossa organização tem exigido das direções que se empenhem nesse processo, pois as condições para uma greve estão dadas, seja com o alto índice de rejeição popular do prefeito João Castelo, seja pela indignação dos servidores públicos municipal. A contragosto do presidente do SINFUSP, a maioria dos presentes deliberaram pela posição conjunta da CSP CONLUTAS, MRP e “Unidos pra Lutar” , pela paralisação no dia 13/07 (quarta-feira) com concentração na Praça Deodoro a partir das 8:00h da manhã e passeata em direção a prefeitura ou a câmara de vereadores. Para garantir que as deliberações sejam encaminhadas, alguns dos nossos militantes se incorporaram na comissão de mobilização.

SOMENTE COM UMA GREVE UNIFICADA SAIREMOS VITORIOSOS!

             São Luís tem um dos custos de vida mais alto do país, resultado de uma política combinada dos governos de João Castelo (PSDB) e de Roseana Sarney (PMDB/PT). O metro quadrado em nossa capital é o mais caro do nordeste, ao mesmo tempo em que nosso Estado tem a maior quantidade de família sem casa no Brasil. O transporte coletivo é um caos, temos o maior déficit de ônibus do país e uma das passagens mais caras. Enquanto sobram buracos nas ruas, faltam leitos e médicos nos hospitais. Muitas escolas viraram depósito de crianças pobres, superlotadas ou funcionando em prédios insalubres. Apenas as “escolas fantasma” – os “elefantes brancos”- tem recebido investimento do FUNDEB. Como resultado dessa política, somente na Cidade Olímpica mais de 400 crianças estão sem estudar. Tudo isso, apesar dos elevados impostos que são arrancados da população pobre e que não retornam em forma de serviços públicos de qualidade e nem em melhorias das condições de trabalho e de salário dos seus servidores. Por outro lado, o prefeito se nega a negociar a pauta de reivindicações das diversas categorias de servidores públicos. Esse quadro caótico posiciona João Castelo como um dos piores prefeitos do Brasil e o pior da história de São Luís.
             O autoritarismo de Castelo, a insatisfação da população e as péssimas condições de trabalho e de salário do conjunto dos servidores, fazem com que as condições para deflagração de uma greve unificada estejam mais do que maduras. No entanto, é necessário que as direções sindicais tenham independência perante o Prefeito e mobilizem suas categorias. Se não há alternativa, a não ser a greve, então, não temos o que temer. A greve é uma ferramenta preciosa que a classe trabalhadora utiliza em momentos como esse.  Está claro que João Castelo só negociará a partir da pressão que virá das ruas. Com governos autoritários dialoguemos em GREVE!

CSP CONLUTAS MARANHÃO